E se você tivesse direito a um “pause” de 1 minuto por dia?
Um minuto inteiro.
Todo dia.
Onde tudo para — exceto você.
Pessoas congelam no meio da fala.
Relógios tremem.
O vento cessa.
Não é viagem no tempo.
É ausência de mundo.
Você escolhe quando usar:
na fila do banco,
no auge da raiva,
ou num momento que não quer que ninguém veja.
Alguns usam pra respirar.
Outros, pra fugir.
Há quem use pra chorar em silêncio.
Ou pra observar alguém por um instante a mais.
Mas o minuto é cruel.
Porque não permite interferência.
Tudo está parado —
mas nada pode ser tocado.
Você pode andar.
Ver.
Sentir.
Mas não pode mudar o que está prestes a acontecer.
Só observar.
Aceitar.
Guardar.
No fim da vida, você terá colecionado milhares de pequenos silêncios.
Alguns inúteis.
Outros… inesquecíveis.